domingo, 27 de novembro de 2011

preciso que minha outra parte volte já para meu corpo. a sensação de estar amputada por dentro é horrível.
meu corpo não se sustenta sozinho. ele precisa da sua outra parte. ele está fraco, pálido e triste.
preciso, querida, que volte.
não sei até quando posso aguentar tanto vazio.
fica frio, neva, e depois chove, chove, chove tanto quanto agora.
até os dias de sol, no qual não ah nuvem chove, porque no lugar da outra parte está congelando.
não seja injusto! me devolva! é meu!
se não quer, ensine o caminho de casa!
é bruto, é covarde é mal e imoral... pega quem tanto me faz falta, amassa e joga pela janela. como um rabisco mal sucedido.
me devolva minha parte? só a minha parte? só a minha paz?

sinceramente, tudo é tão chato, tão chato que tenho vontade de interromper essa vida insosa.
penso diariamente em não estar mais aqui, em queimar aquela pequena quantidade de haxa de uma só vez e não sentir falta depois, não pela ausencia da droga, mais pela ausencia do meu corpo.
estou carregando uma mochila pesada, cheia de conteúdo inútil e sem dúvidas são esses que pesam mais ( fisicamente falando )
carrego para quem não quer meu amor, carrego para quem não importa se meu dia está cinza.
e o peso então, aumenta mais... tenho medo do peso continuar aumentando e me deixar rente ao chão... esmagada, triturada com tantas partes pelo chão que dificultam sua restauração.
estou cega e cansada, e todos que me cercam ainda me acham tão forte.
eu adoraria me achar forte. mas eles estão enganados.

sábado, 5 de novembro de 2011

Sérgio Sampaio me entenderia.

Espero anciosamente o dia em que não pensarei nele, será um dia lindo com um sol que vai me acordar lá pelas 8 de calor. O calor dessa vez será diferente, virá de fora para dentro, nutrindo, queimando e corando fazendo brilhar o mar mais que meus olhos brilhavam quando o calor, era frio, e vinha de dentro pra fora.
Tento matá-lo, a cada minuto e hora, a cada pensamento que me assombra, mas esse não é um consenso geral, tem quem, dentro de mim não concorda com seu sepultamento. Como viver querendo tanto não querer, mas eu chego lá, querendo voces, dentro da minha cabeça ou não. apagarei as lebranças, as fotos, e todo conto de fada que eu escrevi, vícios, resquícios e habitos, todos numa caixa, lacrada.
Quanto a saudade, que não cabe em mim, sai pelos olhos e boca,mas dentro do coração fica, esta vai passar,trazendo de volta a paz que perdi, lá na Gabi, no dia 03/04 o famoso sequestro.
Vai passar, eu sei.
"eu tenho que poder amar de novo, meu amor é meu socorro e isso vai acontecer...
Sérgio Sampaio me entenderia.